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segunda-feira, 16 de maio de 2011

povos não alcançados uma prioridade



O livro de Romanos pode ser considerado um tratado missionário. É o livro que contém os pressupostos bíblicos e missionários de Paulo. Ele queria deixar o Oriente e levar o Reino de Deus ao Ocidente (Rm 15.23-24). Sua estratégia para concretizar este objetivo envolvia a igreja em Roma. Como era a capital do Império à época, portanto, um lugar estratégico, Roma era o centro do mundo cultural e político. Paulo percebeu que a igreja poderia ser um centro de apoio muito importante para o avanço do Reino no Ocidente. Ele fez uma exposição teológica do plano e missão de Deus a fim de conseguir o envolvimento missionário da igreja. Após essa elaboração, Paulo fala de suas intenções missionárias. Seu ministério no Oriente terminara (15.17-23) e o alvo agora era a Península Ibérica (15.24). Tencionava passar pela igreja em Roma, ter momentos de comunhão e edificação com ela e, também, desafiá-la para o envolvimento na extensão do Reino de Deus. Naquela altura, a spanha era a região mais recôndita do mundo.

Paulo declara aos crentes de Roma, então, que sua presença não era mais necessária (Rm 15.23). Porém, o pano de fundo dessa afirmação era o objetivo que ele tinha em mente: evangelizar grupos étnicos sem a presença cristã (Rm 15.20-21). Apesar de ainda haver necessidade da pregação do Evangelho para alcançar mais pessoas, de organizar mais igrejas e de preparar mais discípulos em Roma, Paulo prioriza missões em áreas não-alcançadas, isto é, anunciar as Boas-novas onde Cristo não houvera sido anunciado.

Em Romanos 1.16-17 Paulo apresenta a definição do Evangelho, sua natureza e universalidade. A mensagem é para todos: judeus, gregos, bárbaros, sábios e ignorantes, e a salvação é para “todo aquele que crê”. No capítulo 10.14-15, ele é mais enfático quando pergunta: “Como crerão naquele de quem não ouviram falar?”. Em Romanos 3.21-31 afirma que apenas a fé em Cristo pode salvar o homem do pecado. Deus revelou a sua justiça “pela fé em Jesus Cristo para todos os que creem” (3.22). Note-se que a justiça vem de Deus e é para “os que creem”. Entende- se “justiça” aqui não como a natureza de Deus, nem a qualidade moral do ser humano, mas o meio divino para a salvação do homem (3.25).

Já que a consciência, a natureza (gentios) e a lei (judeus) se tornaram impotentes para salvar o homem, o único meio possível no plano divino é pela fé em Cristo. Como o ser humano pode responder sem ouvir? Não há nenhuma possibilidade de salvação sem o Evangelho. O caminho de Deus para a salvação chegou até nós pela revelação e precisa ser anunciada (Rm 10.8-17, 16.25-26).

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